Olá de novo... ainda tenho tempo de escrevinhar mais um post antes de ir para as minhas 16horas de trabalho...
Respondendo a um comentário do post anterior (da Lisa, obrigado!), de facto existem maneiras de saber se a pessoa se mantem a consumir drogas ou n... e os médicos têm conhecimento destas desconfianças... o ideal é começar ali uma desentoxicação, o que nem sempre se verifica facil pois não temos as condições ideais! Provavelmente quando a sra tiver alta, e se for de seu acordo, irá ser referenciada a um centro e iniciar um programa de metadona, por exemplo... Confesso que o que se costuma fazer nestas situações ainda me é um pouco desconhecido... mas depois logo me vou informar!!!
Lógico que já a confrontámos com a questão... já lhe perguntámos se ela continuava a consumir, porque percebemos que o vício e as sequelas fisicas da "ressaca" são dificeis de suportar e que provavelmente ela poderia não resistir e voltar a consumir... ela disse que não. Mas mesmo assim nós dissemos que tinhamos a medicação necessária para colmatar os sintomas da abstinência, e que essa medicação teria menos interacções com outra medicação que administramos para a pneumonia, do que as drogas. Dissemos que algumas interacções entre a droga e a nossa medicação pode ser mortal e por essa razão lhe pedimos para não consumir... e que se verificássemos que ela consumia teria imediatamente alta...
Quando se fala em vicios, recordo-me do vicio do tabaco... e infelizmente a grande maioria dos doentes internados ou são ou foram fumadores (um dos factores de risco para doenças cardíacas e pulmonares, que é o que mais se encontra...).
Quando as pessoas internadas são independentes, deambulam pelo serviço e inclusivamente podem sair para o pátio, e aí aproveitam para fumar... então as pessoas estão internadas, muitas vezes com pneumonias, doenças cardiacas e pulmonares e vão fumar!? Está bem que e um vicio, mas as pessoas estão em tratamento!!! Falavamos com os médicos, porque muitas vezes os doentes não ligavam ao que as enfermeiras explicavam sobre a contradição que é estar doente e fumar, mas muitos médicos respondem que ali não vamos conseguir fazer com que as pessoas deixem de fumar e não há nada a fazer... Ok...é verdade.... num internamento as pessoas ainda andam mais nervosas e se começarem desentoxicação do tabaco esse nervosismos aumentaria... e também é verdade que se as pessoas são conscientes e orientadas e se decidem fumar mesmo depois de lhe ser explicados os maleficios que isso acarreta para a sua recuperação, isso já é decisão delas... não podemos fazer mais nada...
E assim, existem N pessoas internadas que saem do serviço e vão fumar...
(foto retirada de http://migueldias.blogs.sapo.pt/2007/08/)
Bem, e agora vou trabalhar... beijos e abraços para todos**
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